segunda-feira, 29 de setembro de 2008

realidade virtual


Quanto pode durar um silêncio? Os meus podem durar muitos anos, guardados em mim, comprimidos dentro de um frasco fechado, borbulha às vezes, vê-se que esses momentos não são dos melhores.

Sinto-me confusa, sei que não estou sozinha. Mas não estou confusa em relação à mim, é como estar numa sala experimental, te jogam sensações, sons, luzes e você reage da forma mais verdadeira possível, mas não compreende o que de fato querem com você; é isso que eu penso? Devo sair pela porta? Quais serão as próximas sensações? Devo entrar na sala de novo?

Na última vez que entrei na sala veio-me sensações felizes porque seja lá quem comanda a sala pareceu feliz deu estar de volta ali, senti vontade de estar mais próximo desse ser, trocar sensações, mas foi passageiro logo senti que o ambiente ficou mudo, escuro, frio e eu me senti sozinha de novo, eu senti que não queria estar lá. O controle da sala, que eu chamarei de máquina ficou ausente e eu por várias vezes ainda tentei puxar assunto.

Não conheço de fato esta máquina, não sei se dos muitos momentos felizes tenha eu que suportar os muitos momentos de pane. Seria bom encontrar seu manual, porque talvez eu também não esteja reagindo como ela queira e por isso fica assim num estado de hibernação, economia de energia.

Acontece que eu não quero fechar a porta pra sempre e sempre estou tentada a entrar, mas eu nem sei se a máquina me quer lá de fato, porque a gente não consegue se comunicar direito, são só sensações... e máquina expressa sensação? Pois é! ...dá pra sentir confusamente. A máquina poderia facilitar também, se ela nunca mais se manifestar eu dexarei de ficar confusa e até perderei a chave da porta. Mas será?